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sábado, 27 de setembro de 2014

Dor e alegria



A dor consegue agüentar-se sozinha...,
mas para obter o valor total da alegria,
é preciso dividí-la com alguém.

Mark Twain

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

À guisa de prefácio...


Ismael Machado em Folhas Brasileiras dá-nos a conhecer um conjunto de textos que trazem as pegadas de um observador atento às idiossincrasias humanas – sonhos, frustrações, contradições, desejos individuais, coletivos –  mostradas por meio de uma linguagem fluida, envolvente.

Pelos caminhos da coletânea deparamo-nos com diálogos explícitos tecendo homenagens saborosas tais como a visualizada no poema Os de baixo, os de cima, dedicado a Florestan Fernandes. O desarranjo social, resultante de um poderio econômico perverso, constitui a temática por meio da qual se faz ecoar o cruzamento de vozes.

Em outros momentos textuais, somos seduzidos por imagens inusitadas, arquitetadas por uma construção linguística que orienta novos direcionamentos de sentido, novos posicionamentos diante do homem, do mundo:

       Crianças e gatos se parecem.
       Acontecem incomodar vizinhos,
       Às vezes.

        Ou

       Pôr o orgasmo num lindo vaso de vidro e ter a coragem de
       exibi-lo em praça,
       Gozar junto do povo, compensar a parte que toca o
       desprazer de viver.

       Ou ainda,

      O equilibrista tateia o vácuo,
       Nós, a vida.

Em Folhas Brasileiras, a alternância entre poemas narrativos e poemas-frase, estratégia consciente, permite o deslizar da leitura e, consequentemente, o fisgar o leitor, envolvendo-o na trama, na teia dos inúmeros textos que compõem a obra de Ismael Machado.


Áurea Rita de Ávila Lima Ferreira

Professora da FACALE/UFGD

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Força estranha!


Eu vi o menino correndo eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei

Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pr'eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou

Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto não posso parar
Por isso essa voz tamanha

Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista
O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
O jogo das coisas que são
É o sol, é a estrada
É o tempo, é o pé
E é o chão


Eu vi muitos homens brigando, ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
E o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada
É o sol

Compositor: Caetano Veloso

Link para ouvir: http://www.vagalume.com.br/gal-costa/forca-estranha.html#ixzz3Diekxlue


sábado, 13 de setembro de 2014

Depende, com Amelinha e Fagner (para ler, ouvir e tocar)


O olho por fora, o dente por dentro
Dm A
Meu riso na cara do tempo
A7 D
O olho por dentro, o dente por fora
Dm A
Meu riso na boca do vento
Em A7 D Dm
Conheço a cor dos teus cabelos
Em A7 D Dm
Conheço a cor dos olhos teus
E7 D
É verde, azul, é negro
A
Como uma noite sem lua, é claro
E7 D
Como uma frase não dita
A
É dessa cor, é dessa cor
A
É dessa cor
A A7 D
Depende do dia, da tarde morena
Dm A

Compositor: Raimundo Fagner

Link para ouvir: http://www.vagalume.com.br/fagner/depende.html#ixzz3DCxopQH4